Mastologia
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) define que a mastologia é a especialidade médica que tem como suas principais atuações a investigação diagnóstica, abordagens cirúrgicas, e terapias sistêmicas das doenças e anormalidades mamárias. Assim, reconstrução e reparação de uma diversidade de intervenções cirúrgicas mamárias fazem parte da nossa área de atuação, incluindo o uso de próteses, retalhos miocutâneos ou retalhos regionais, e também as técnicas de refinamento cirúrgico. A referida especialidade é aquela que inegavelmente atua mais diretamente ao lado das pacientes com câncer e outras anormalidades que acometem as mamas, em todas as suas fases evolutivas.
A SBM também informa que considerar que o Mastologista (médico que exerce a mastologia), não tenha capacidade para a realização de procedimentos cirúrgicos corretivos das mamas, encontra respaldo apenas nos interesses individuais corporativistas daqueles que almejam o monopólio dessa atividade profissional.
Cirurgia Oncoplástica
A Cirurgia Oncoplástica consiste na utilização de técnicas de cirurgia plástica para a reconstrução mamária, empregadas no tratamento cirúrgico do câncer de mama.
Está baseada em três pontos fundamentais: Cirurgia oncológica ideal da mama com câncer, reconstrução desta mama e remodelamento da mama contralateral (do outro lado). Para tanto, inclui técnicas de reconstrução imediata (retalhos locais ou a distância), uso próteses mamárias, de expansores e/ou combinação de técnicas. O emprego da Cirurgia Oncoplástica surgiu nos anos Oitenta. Contudo, só ganhou destaque a partir da Década de 80 e 90, com os trabalhos do cirurgião italiano Humberto Veronesi que descreveu cirurgias conservadoras no tratamento do câncer de mama.
O termo Cirurgia Oncoplástica foi cunhado na Década de 90, pelo cirurgião alemão Dr Werner Audretsch e, seu conceito disseminou-se por todo o mundo. A Cirurgia Oncoplástica é um dos maiores avanços na cirurgia do câncer de mama, permitindo melhorar os resultados estéticos e elevação da auto-estima da mulher. Abriu um novo horizonte na Mastologia Moderna e tornou-se “direito da mulher” através da Lei nº 13.770/2018 (garante cirurgia reconstrutiva da mama em casos de tratamento de câncer de mama). Devido à complexidade e para exercer a Cirurgia Oncoplástica de forma integral, o mastologista deve concluir formação cirúrgica complementar específica. Atualmente, essa formação complementar já está adicionada ao curriculum da maioria das Residências Médicas em Mastologia de todo o Brasil.
A Sociedade Brasileira de Mastologia informa que “o mastologista devidamente preparado, realiza toda e qualquer cirurgia da mama na sua atividade profissional como especialista”.
